Para quem não sabe, a regra de três é usada para resolver problemas que envolvam 4 valores dos quais conhecemos apenas 3. Eu não uso a fórmula mais resumida do mundo, mas comigo funciona e meu interlocutor pareceu entender minha rápida explicação. Contudo, a dúvida não era tão simples assim. Além de problemas com 4 valores, a pessoa que veio com a dúvida tinha um conjunto de problemas com 6 e 8 valores. Li com atenção os enunciados e como algumas respostas pareciam bem óbvias, eu achava rapidamente as respostas dos problemas em uma lista de múltiplas alternativas.
Mas foi ai que apareceu aquela pergunta que por alguns instantes me gelaram a espinha: - Pode me explicar como você chegou nestes resultados? Confesso: eu não lembrava do processo. Sabia o resultado pela obviedade do problema, mas minha mente havia deletado o processo. Ou pior: talvez eu nunca tivesse aprendido o processo corretamente.
Recorri ao grande oráculo Google e descobri rapidamente, poucos segundos depois de me dar conta que eu talvez desconhecesse totalmente o processo, que existe a regra de três simples, a que sempre usei, e a regra de três composta. O site ao qual fui direcionado não era claro o suficiente para eu entender o processo da regra de três composta e, por mais que eu me esforçasse no entendimento das explicações, o resultado no papel nunca batia com o resultado correto. Alguma coisa eu estava fazendo de errado.
Foi então que percebi que precisava de uma explicação mais clara e direta. Uma aula mesmo. Recorri ao oráculo nº 2 dos nossos tempos: o YouTube. Lá, em poucos cliques, encontrei diversos vídeos sobre o assunto. Assisti logo o primeiro da lista e a tal da regra de três composta ainda não estava totalmente clara.
Recorri então ao segundo vídeo. O professor do vídeo era um professor no mesmo estilo "professor de cursinho" (com todo o respeito do mundo). Fala rápida e fórmulas prontas. Com ele, alcancei alguns resultados satisfatórios e outros incompletos.
Porém o resultado final veio no terceiro vídeo que assisti. O professor (um bom professor) apresentou primeiro a forma de pensar, o raciocínio correto para a resolução do problema antes de partir para as contas finais. Funcionou! Ou como diria Arquimedes, Eureka!
Todo este processo de busca pela resposta correta não durou mais do que 25 minutos. Eu tinha as ferramentas bem na minha frente: Internet e um buscador. Bastou buscar as respostas.
Recorri então ao segundo vídeo. O professor do vídeo era um professor no mesmo estilo "professor de cursinho" (com todo o respeito do mundo). Fala rápida e fórmulas prontas. Com ele, alcancei alguns resultados satisfatórios e outros incompletos.
Porém o resultado final veio no terceiro vídeo que assisti. O professor (um bom professor) apresentou primeiro a forma de pensar, o raciocínio correto para a resolução do problema antes de partir para as contas finais. Funcionou! Ou como diria Arquimedes, Eureka!
Todo este processo de busca pela resposta correta não durou mais do que 25 minutos. Eu tinha as ferramentas bem na minha frente: Internet e um buscador. Bastou buscar as respostas.
Isto me fez refletir em alguns pontos importantes, sobretudo para os professores:
1 - O professor não deve ter medo da tecnologia e sim tê-la como sua grande aliada;
2 - Não dá para competir com o Google e com o YouTube. Alunos com iniciativa sempre encontrarão as respostas antes. Cabe ao professor as melhores orientações;
3 - O professor, em muitos casos, tende a ser um roteador do saber. Como nunca dominará todos os assuntos, caberá a ele orientar os alunos onde buscar as respostas;
4 - Todos os professores deveriam ter, além do seu blog pessoal, um canal no YouTube para compartilhar seu conhecimento. A humanidade agradeceria.
Tudo isso parece muito óbvio, né? Mas para muita gente a ficha ainda não caiu. A tecnologia nunca substituirá os professores. Mas eles (nós) precisam dominar o processo. E rápido.
David de Oliveira Lemes (@dolemes) - É professor da PUC-SP e da FMU. Editor do GameReporter e GameOZ. Consultor na área de educação e tecnologia.